domingo, 24 de março de 2013

O amor breve imaginado

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"...entre diversas possibilidades, futuros alternativos, situações e realidades paralelas. Constrói-se uma gama de realidades onde seus atos determinam, se aquela pessoa, estaria ou não com você. Cada decisão tomada, ação no presente, pode mudar completamente o curso de uma história. Um simples olhar, uma simples oportunidade, uma real ATITUDE determinará uma dessas realidades futuras paralelas. E apenas em segundos - instante rápido - todas possibilidades se abrem. A inércia da falta de oportunidade e atitude, deixa então para trás, todas essas milhares de possibilidades futuras. Mas se... e se... Nada tem... nada teve! E assim ela vai embora - as possibilidades - uma estranha ou o futuro, sem volta, sem segunda chance e final feliz. Neste sentido é correto crer que apenas existe o presente, e seu futuro faz-se agora. Nada é real, tudo é criado e projetado, até o seu futuro chegar e perceber que era apenas o seu presente atual: suas escolhas.

E assim ela vai embora... Quem? A esperança!

A espera de algo, a possibilidade futura de uma fatia de possibilidades de planos paralelos. É como um tubo, cilíndrico, onde sua circunferência compreende todas possibilidades e futuros possíveis, ao mesmo tempo, no presente; mas você escolhe apenas uma fatia dessa realidade, uma reta horizontal à sua frente. Criando sua realidade atual, enquanto as outras mais inclinadas e oblíquas, apenas interligam-se nesta realidade atual através do eixo central deste cilindro do centro deste tubo: seu eixo.

Cada escolha feita, cada atitude tomada é um "giro" ou "clique" destas retas planas inclinadas, alinhando-se horizontalmente e fixo ao eixo.

Então por assim, lá esta ela, sentada, parada, imaginada...
Então estou assim, aqui parado, sentado, imaginado...

Basta apenas levantar-se, perguntar-lhe o nome, o livro e o que estar a ler...
Basto-me a imaginar: em minha mente, levanto, converso e ao fim de nosso destino, trocamos contatos. Poderia acontecer assim, nesse platonismo é o melhor. Ir lá e correr o risco de outra realidade das diversas e milhares acontecer? E se uma delas for, tão e somente, ilusão? Levantarei e ao chegar perto dela, ignorarará e no máximo seria educada... faria o papel de tolo... Não! Hoje não!
O amor platonico só é bom assim: quando permanece no mundo das idéias! Se o realiza, perde sua imaginação e fantasia, seu sentido. Enquanto imaginado, posso dizer que poderia ter dado certo, que poderia ter amado e ela também. Poderiamos até ter iniciado algo grandioso, que futuramente, resultaria numa união para o resto da vida: um grande amor! Não, mas em verdade estou preso! Prefiro crer que em algum desses planos paralelos de possibilidades, eu estou feliz, bem e nunca tive medo de arriscar. Prefiro este ardil, imaginar muito além da realidade presente, e cada situação e lugar tornar-se-ia milhares de possibilidades platonicas a se imaginar.

Quem irá me acordar?
Quem me amara?
E da fantasia
sem mais elegia,
a matará?

Parece ficção, mas é real, latente e fantasioso: é a Matrix!"

Wagner Correia
25/03/2013