quinta-feira, 2 de maio de 2013

Mais uma vez…

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E assim fui,
mais uma vez iludido,
à espera daquilo que nunca vem...

na chuva,
na solidão,
sem luva,
sem perdão,
nesse banco
de bengala e manco,
assim me sento,
assim me paro,
em meu assento
do meu enfaro,

De ti, jamais ter
de amar, jamais ser,
na chuva da dor,
na dor do amor,
e para sempre só!
sem nenhuma dó
de um tolo perdido
nesse mundo desprovido
de qualquer sentido
de honra e valor
e sem amor!

Só um tolo,
trovador tolo,
para crer nesse amor,
sem qualquer calor.

Desisto!
Não insisto!
chove sem parar!
lágrimas do amar!
para o além-mar,
da ilusão,
na ilha da solidão!

Adeus meu amor,
nunca a terei,
nunca me amou,
mas jamais esquecerei
daquilo que ficou:
Uma triste lembrança,
sem temperança,
daquilo que nunca foi,
mas poderia ter sido
aquilo que não foi,
perfeito e eterno!
Poderia ter ido!

Mas nunca foi,
nunca houve de ti,
amor puro em si,
optando pelo mais fácil,
com o elo mais frágil,
que logo romperá,
e logo se arrependerá,
Só que já terei morrido,
numa Ilha, estarei lá!
naquela onde naufraguei,
a ilha da solidão,
e será tarde demais...
pois atrasado cheguei…
para nunca mais…
morrer…

Wagner Correia
02/05/2013