Farejando teu néctar profano
Como um lobo insano
De desejo mundano,
Da carne fresca necessitando;
De noite, caçando a alma do puritano.
Lobo da noite profana,
Com seu uivo declama,
O cheiro que me inflama;
Farejando seu desejo,
Como forma de cortejo.
Querendo seu beijo,
Algo que tanto almejo;
Mesclando o profano,
Ao desejo humano;
Do sentir soberano.
Seu cheiro lúbrico
Induz-me ao pútrido;
No instinto animal
De um Lobo abissal;
Nesta noite madrigal.
Avidez pérfida da veleidade,
Anátemas da imortalidade,
Apostasia no amor de verdade;
Procuro-te à noite mundana,
Na noite da bruma profana.
Wagner Correia
18 de maio de 2001
Nenhum comentário:
Postar um comentário