quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Lobo Insano

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Farejando teu néctar profano
Como um lobo insano
De desejo mundano,
Da carne fresca necessitando;
De noite, caçando a alma do puritano.

Lobo da noite profana,
Com seu uivo declama,
O cheiro que me inflama;
Farejando seu desejo,
Como forma de cortejo.

Querendo seu beijo,
Algo que tanto almejo;
Mesclando o profano,
Ao desejo humano;
Do sentir soberano.

Seu cheiro lúbrico
Induz-me ao pútrido;
No instinto animal
De um Lobo abissal;
Nesta noite madrigal.

Avidez pérfida da veleidade,
Anátemas da imortalidade,
Apostasia no amor de verdade;
Procuro-te à noite mundana,
Na noite da bruma profana.


Wagner Correia
18 de maio de 2001

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