sábado, 28 de abril de 2012

Olhos cintilantes esverdeados

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        I

Olhos cintilantes esverdeados,
Lábios sutilmente desenhados,
Branco rutilante embalsamado,
Belo relutante exacerbado;
        *
Cabelos negros, como a noite
Mesclam-se ao branco, como açoite,
Rutilando a luz do seu rosto
Ao meu em oposto;
        *
Luz inebria minha mente,
Aquece minha dor incandescente,
Envolve minha razão,
Sufoca meu coração;
        *
Fantasia, se torna dor,
Dor, se torna horror,
Horror, se torna furor,
Furor, se torna amor.
        *

       II

Amor ao mundo intocável,
Platonismo incalculável,
Lembrança do belo,
Dor e amor, é o elo;
        *
Elos que separam os mundos:
Mundo dos covardes imundos,
Mundo das idéias e do material,
Nosso mundo em espiral;
        *
Poucos são os valorosos,
Não só os hipócritas saudosos,
Mas os poderosos virtuosos,
Que sofrem em ambos mundos opostos;
        *
Olhos cintilantes esverdeados,
Vejo os sepulcros desenhados,
Clamo aquela onde justiça é hospedeira:
Elfa, Valquiria a Deusa guerreira.


Wagner Correia
Sábado, 4 de Janeiro de 2003

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