quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Fagulha nas Geleiras

getimage

Vagando por entre geleiras,
No frio em minhas desdenhas,
Fugindo do frio da imensidão,
Imergindo o brio na solidão;
*
Caminho por uma prisão sem muros,
Em meio à neve fria destes mundos,
Onde a dor congela-me,
E o pesar sufoca-me.
*
No mais absoluto abismo de mim,
Acredito no supremo ardor em mim
Que em terras distantes acredito existir;
Como uma pequena fagulha por expandir,
Na esperança acesa, a dor do sentir;
*
Estou preso à espera da certeza
De libertar-se dessas geleiras,
E na visão tornar-se clareza,
De converter-se das tristezas;
*
Minha amada haverá de surgir da imensidão,
Ante a fagulha em mim;
Cobrindo-me com seu furor, o frio no coração,
O a-mor reacendido enfim;
E a dor da solidão, entronizar seu fim!

Wagner Correia
20 de março de 2001

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