quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Canto para Rita

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Meu amor imortal
Do poder surreal,
Invoco a ti
Meu louvor em si,
Mesmo tão longe de ti
Sinto-me tão perto, tão real.
        *
Que me faz criar ramificações,
No meu ser, transformações,
Nos nossos petrificados corações,
Anulando as imensidões
Do mal que atormentava,
E seu amor que esperava.
        *
Hoje, conquistar-te-ei!
Querer-te-ei!
E dar-te-ei beijos,
Em forma de cortejos,
Ao qual tanto almejo,
Do ávido e lúbrico beijo.
        *
Suplico em minhas teimosias
(imaginando seus fios de ouro),
Sem mais aleivosias
(imaginando a ti, meu tesouro);
Não deixe o hedonismo dominar,
E meu alento, abulia se transformar.
        *
Onde amo em pensamento,
Que devo propalar
O amor que sinto,
Do meu vôo infindo,
Na ânsia de achar
E a ti entronizar.
        *
Qual mundo amo?
Cada vez mais te gamo,
Mesmo só de olhar;
Fico a me questionar:
Meu sonhar te alcançará?
Meu amar te enaltecerá?
        *
Só de pensar,
Mesmo platonicamente,
Mesmo imensuravelmente,
Poderei isso suportar,
Pois meu amor é real
Pois meu amor é surreal.
        *
É imensuravelmente imortal;
Rita e Beatriz, Dinamene e Laura,
Meus amores e de Dante, de Camões e Petrarca;
Amor além da vida, madrigal,
Romperam o ser e estar;
Não vivi estes amores, mas sei o que é amar!
Compor como eles, um dia comporei,
E destes amores, um dia entenderei.

 

Wagner Correia
30 de Julho de 2001

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